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Tabagismo

Artigo publicado por Andreia Reis

Na Suíça cerca de uma em cada quatro pessoas – 25% da população com mais de 15 anos – fuma em média 13.5 cigarros por dia. Esta taxa mantém-se estável desde 2011. Apesar de haver uma diminuição mínima dos fumadores quotidianos, a verdade é que aumentou a percentagem de fumadores ocasionais. A percentagem de homens fumadores (29.7%) ainda é maior do que a percentagem de mulheres fumadoras (20,6%) e os dados indicam que é sobretudo a classe dos desempregados que ocupa a maior parcela de fumadores quotidianos.

Havendo cerca de um milhão de fumadores a nível mundial, não é de admirar que o consumo de tabaco constitua um dos principais problemas de saúde pública. O tabaco sendo o principal fator de risco de doenças crónicas evitáveis é uma das principais causas de mortalidade mundial. Cerca de 9500 pessoas morrem anualmente por doenças associadas ao tabaco – sendo que 41% das mortes são causadas por cancro, outros 41% por doenças cardiovasculares e 18% por doenças das vias respiratórias.

Diversos estudos realizados ao longo dos anos demonstram que o aumento do número de pessoas que deixa de fumar é o principal fator com impacto positivo na mortalidade associada ao tabaco. Não é por isso de estranhar que diversas fundações e ligas suíças (Ligue suisse contre le cancer, la Ligue pulmonaire suisse, la Fondation suisse de cardiologie et l’Association suisse pour la prévention du tabagisme), mantenham um ênfase importante na cessação tabágica.

Uma tentativa espontânea de parar de fumar corresponde a uma taxa de êxito entre 0.5 e 3% ao ano. Uma breve consulta de cessação tabágica pode aumentar o êxito para valores situados entre os 5 e os 10%. Se a esta consulta associarmos a prescrição de substitutos de nicotina e outras terapêuticas utilizadas no controlo sintomático da privação do tabaco, a taxa de êxito pode aumentar até 30% ao final de um ano.

A mobilização dos profissionais de saúde e suas organizações é portanto fundamental na aquisição das qualificações necessárias ao aumento das consultas de cessação tabágica. Existe  formação contínua especifica para médicos permitindo que estes aprendam a abordar este tema, incentivando os seus pacientes a deixarem de fumar e a manterem a abstinência. A finalidade será sempre melhorar a qualidade dos conselhos médicos, utilizar técnicas e terapêuticas que já tenham reunido a aprovação da comunidade científica e aumentar o numero de tentativas de desintoxicação por paciente.

Além disso são inúmeras as ações perto da comunidade que incentivam e motivam os fumadores a deixarem de fumar. Existem páginas na internet e linhas de apoio à desintoxicação tabágica que podem ser consultados gratuitamente.

É importante divulgar que neste momento já existem tratamentos aprovados pela comunidade científica que aumentam consideravelmente a probabilidade de sucesso na cessação e manutenção da abstinência tabágica.

Texto publicado na Revista Seletiva

Andreia Reis
Artigo publicado pelo associado
Andreia Reis
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