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As dores de costas

Artigo publicado por Alexandre Gouveia

As dores de costas são muito frequentes na idade adulta e podem originar um sofrimento acentuado. No entanto, são raras as doenças graves que provocam dores de costas. Saiba de que forma poderá lidar com este problema em conjunto com o seu médico, e assim evitar o seu reaparecimento.

Estima-se que quatro em cinco pessoas terá um episódio de dores nas costas durante a sua vida. Um episódio agudo de dores de costas pode resultar de esforços repetidos, de uma má posição ou de um movimento desadequado. As dores de costas podem durar vários dias a várias semanas, e revelarem-se bastante incapacitantes. No entanto, hoje em dia sabemos que na maioria dos casos, as dores de costas acabam por passar com tratamento adequado sem ser necessário realizar consultas ou exames médicos.

Estando localizada na zona central das nossas costas, a coluna vertebral é composta por 33 peças ósseas chamadas vértebras, tal como o nome indica. Estas são separadas entre si verticalmente por um material esponjoso chamado disco intervertebral. No interior de cada vértebra existe um orifício circular, e é o conjunto destes orifícios que sobrepostos formam o canal vertebral. É por este canal vertebral que passam as estruturas nervosas que se dirigem do cérebro para a periferia do nosso organismo. Importa mencionar que entre cada vértebra existem outras estruturas como músculos, ligamentos e pequenas articulações. Apesar de serem menos conhecidas do público em geral, são estas as estruturas que frequentemente estão na origem das dores de costas. O desequilíbrio entre estas estruturas provoca um bloqueio no funcionamento normal da coluna. Importa por isso, reeducar as costas e reencontrar o equilíbrio funcional, o que pode exigir um esforço demorado e sem resultados imediatos.

Como podemos então combater as dores de costas na fase aguda ? Apesar de ser uma ideia comum, o repouso na cama é prejudicial às dores de costas e deve ser evitado ao máximo. Deve por isso andar e mover-se dentro do possível. Tente mesmo realizar alguma atividade física ligeira, como natação ou exercícios simples que possam ser realizados em casa (fletir as pernas ou rodar o tronco bastará). Ao aplicar uma fonte de calor ou uma massagem no local mais doloroso, poderá também contribuir para dissipar contrações musculares involuntárias que impedem a coluna de mobilisar-se normalmente. Recorra aos medicamentos contra as dores apenas quando necessário e de acordo com as recomendações dos profissionais de saúde.

Eis, em suma, as mensagens importantes que será necessário reter :

  • As dores de costas podem surgir em qualquer momento da vida de uma pessoa e durar vários dias a várias semanas ;
  • Algumas pessoas sofrem de dores de costas durante um período bastante prolongado, sem que tal signifique que uma doença grave ou permanente esteja na sua origem ;
  • Aquando uma crise de dores de costas, deve evitar o repouso absoluto na cama, e é aconselhado que regresse assim que possível à sua atividade física habitual ;
  • Deverá consultar um profissional de saúde se as dores o acordarem a meio da noite, se forem acompanhadas de febre, tonturas, falta de força ou formigueiros, se persistirem por mais de 15 dias, ou ainda se as dores surgirem após um acidente ou traumatismo;
  • Na grande maioria dos episódios de dores de costas não será necessário realizar exames, pelo que bastará respeitar os conselhos do seu médico e ter alguma paciência.

Em suma, sabemos que hoje em dia que existem diversas causas para as dores de costas, e que estas podem surgir em qualquer altura da vida, sem que tal possa estar relacionado com um problema de saúde grave. Mais importante do que o diagnóstico exacto do seu problema ou até do que a toma de medicamentos para alívio momentâneo da dor, é a forma como encara e lida com as dores de costas que contribuirá para o seu desaparecimento. Por fim, não se esqueça que a sua coluna vertebral é, acima de tudo, uma estrutura móvel e flexível, pelo que quanto mais cedo retomar a sua atividade normal, mais rapidamente se sentirá melhor.

Texto publicado na Revista Seletiva

Alexandre Gouveia
Artigo publicado pelo associado
Alexandre Gouveia
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